No total, são já 11 os fogos municipais destinados a acolher pessoas idosas que residem no Município em situação de carência.

Na semana passada, a Domus Social, em parceria com a União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, inaugurou mais uma residência sénior partilhada. Esta solução habitacional, promovida pela empresa municipal, tem assumido cada vez maior preponderância dentro do parque de habitação pública municipal do Porto, o qual integra, atualmente, 11 destes espaços habitacionais. 

A sinalização de munícipes idosos com necessidades habitacionais, económicas e sociais urgentes é possível graças a uma estreita parceria com as Juntas de Freguesia. Por sua vez, o Município do Porto, através da Domus Social, cede, a título gratuito, habitações municipais destinadas ao acolhimento desses residentes que vivem em situação de maior carência e fragilidade e que, ao mesmo tempo, aguardam a atribuição de uma habitação social e aceitam partilhar uma residência.

Foi a partir deste contexto de cooperação ativa que foi possível inaugurar, na semana passada, mais uma residência sénior partilhada no parque de habitação pública municipal do Porto. A residência em questão está implementada no Bairro da Pasteleira, localizado na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.

Num gesto simbólico de acolhimento e de boas-vindas, o conselho de administração da Domus Social, liderado pelo vereador da Habitação, Pedro Baganha, entregou as chaves do fogo municipal às três munícipes que, a partir de agora, encontram, naquela morada, uma habitação condigna para um envelhecimento positivo e saudável.

A ocasião - que reforçou a pertinência desta resposta face aos crescentes desafios do envelhecimento da população portuense - contou, ainda, com a presença do vereador da Coesão Social, Fernando Paulo, da presidente da União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, Sofia Maia, das assistentes sociais dedicadas ao acompanhamento das inquilinas e de elementos da Polícia Municipal, no âmbito da estratégia do policiamento de proximidade. 

Selecionando e envolvendo, portanto, outras entidades e instituições locais, são os parceiros mais próximos da iniciativa - as Juntas de Freguesia – que promovem, através de uma IPSS, - neste caso concreto a “Casa de Lordelo” - o apoio domiciliário aos interessados. Neste sentido, os utentes integrados no programa “Residências Sénior Partilhadas” têm a possibilidade de acederem a serviços de limpeza, de lavandaria, de refeições e, por exemplo, de higiene pessoal.

A par de tudo isto, são também as Juntas de Freguesia que equipam as habitações municipais em questão. 

Em média, cada residência acolhe três pessoas idosas que, por sua vez, estão isentas do pagamento de renda. Os residentes partilham os espaços comuns da habitação - comparticipando as despesas da água, da luz e da televisão - mas mantêm o seu quarto individual.

Mais do que uma medida que assegura espaços condignos de habitação, as residências sénior partilhadas representam, assim, uma resposta humana, integrada e multidisciplinar no combate ao isolamento social da população idosa do Município do Porto, contribuindo para o seu bem-estar e qualidade de vida.

Este “projeto-cidade", com assinatura Domus Social, apoia, atualmente, cerca de 30 munícipes idosos, com idades entre os 60 e os 90 anos, e esteve, recentemente, em destaque na série documental “Porto Cidade Amiga das Pessoas Idosas”.